De pé, ó vitimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, ó produtores
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistamos
A terra mãe livre e comum
Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha
A corja rica o recolheu
Querendo que ela o restitua
O povo só quer o que é seu
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos, trabalhadores
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a Terra aos produtivos
Ó parasitas deixai o mundo
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional
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